As
máscaras sempre foram as protagonistas indiscutíveis da arte africana. A
crença de que possuíam determinadas virtudes mágicas transformou-as no
centro das pesquisas. O fato é que, para os africanos, a máscara
representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças
mágicas dos espíritos e assim utilizá-las em benefício da comunidade: na
cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação,
casamentos e nascimentos. Serviam também para identificar os membros de
certas sociedades secretas.
Em
geral, o material mais utilizado foi a madeira verde, embora existam
também peças singulares de marfim, bronze e terracota. Antes de começar a
entalhar, o artesão realizava uma série de rituais no bosque, onde
normalmente desenvolvia o trabalho, longe da aldeia e usando ele próprio
uma máscara no rosto. A máscara era criada com total liberdade,
dispensando esboço e cumprindo sua função. A madeira era modelada com
uma faca afiada. As peças iam do mais puro figurativismo até a abstração
completa.
Quanto à sua interpretação, a tarefa é difícil, n medida em que não se conhece sua função, ou seja, o ritual para o qual foram concebidas. Os colonizadores nunca valorizaram essas peças, consideradas apenas curiosidade de um povo primitivo e infiel. Paradoxalmente, a maior parte das obras africanas encontra-se em museus do Ocidente, onde recentemente, em meados do século XX, tentou-se classificá-las. Na verdade, os historiadores africanos viram-se obrigados a estudar a arte de seus antepassados nos museus da Europa.
Quanto à sua interpretação, a tarefa é difícil, n medida em que não se conhece sua função, ou seja, o ritual para o qual foram concebidas. Os colonizadores nunca valorizaram essas peças, consideradas apenas curiosidade de um povo primitivo e infiel. Paradoxalmente, a maior parte das obras africanas encontra-se em museus do Ocidente, onde recentemente, em meados do século XX, tentou-se classificá-las. Na verdade, os historiadores africanos viram-se obrigados a estudar a arte de seus antepassados nos museus da Europa.
O
auge da arte africana na Europa surgiu com as primeiras vanguardas,
especificamente os fauvistas e os expressionistas. Estes, além de
reconhecer os valores artísticos das peças africanas, tentaram
imitá-las, embora sempre sob a ótica de suas próprias interpretações,
algo que colaborou em muitos casos, para a distorção do verdadeiro
sentido das obras. Entre as peças mais valorizadas atualmente estão,
apenas para citar algumas, as esculturas de arte das culturas fon, fang,
ioruba e bini, e as de Luba.
O
fato de os primeiros colonizadores terem subestimado essas culturas e
considerado essas obras meras curiosidades exóticas, provocou um saque
sem sentido na herança cultural desse continente. Recentemente, no
século XX, foi possível, graças à antropologia de campo e aos
especialistas em arte africana, organizar as coleções dos museus
europeus. Mas o dano já estava feito. Muitos objetos ficaram sem
classificação, não se conhecendo assim seu lugar de origem ou
simplesmente ignorando-se sua função.
Fonte:MeusEstudos e http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br
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