Ernesto Nazareth ouviu os sons que vinham da rua, tocados por nossos músicos populares, e os levou para o piano, dando-lhes roupagem requintada. Sua obra se situa, assim, na fronteira do popular com o erudito, transitando à vontade pelas duas áreas. Em nada destoa se interpretada por um concertista, como Arthur Moreira Lima, ou um chorão como Jacob do Bandolim. O espírito do choro estará sempre presente, estilizado nas teclas do primeiro ou voltando às origens nas cordas do segundo. E é esse espírito, essa síntese da própria música de choro, que marca a série de seus quase cem tangos-brasileiros, à qual pertence "Odeon".
Ernesto Júlio de Nazareth (Rio de Janeiro, 20 de março de 1863 — 1º de Fevereiro de 1934) foi um pianista e compositor brasileiro, considerado um dos grandes nomes do Tango Brasileiro, atualmente (desde a década de 20 do século XX) considerado um subgênero do choro.
Mário de Andrade assim definiu Nazareth: "compositor brasileiro dotado de uma extraordinária originalidade, porque transita com fôlego entre a música popular e erudita, fazendo-lhe a ponte, a união, o enlace".
Mário de Andrade assim definiu Nazareth: "compositor brasileiro dotado de uma extraordinária originalidade, porque transita com fôlego entre a música popular e erudita, fazendo-lhe a ponte, a união, o enlace".
Brejeiro - Ernesto Nazareth, composto em 1893 é considerado o marco do
tango-brasileiro. O autor fazia uma diferenciação entre o choro e o
tango-brasileiro = maxixe. Seus tangos-brasileiros têm a indicação
metronômica de M.M. semínima igual a 80 batidas, já no choro, a
indicação é de 100 batidas.
Deixou 211 peças completas para piano.
E suas obras mais conhecidas são: "Apanhei-te, cavaquinho", "Ameno
Resedá" (polcas), "Confidências", "Coração que sente", "Expansiva",
"Turbilhão de beijos" (valsas), "Odeon", "Fon-fon", "Escorregando",
"Brejeiro" "Bambino" (tangos brasileiros).
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